segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

´´ Traduzir palavras é fácil, dificil é interpretar o silêncio``

Durante esse ano de 2010 muitos foram os eventos realizados pela associação, visando sempre a inclusão do surdo na sociedade, fazendo com que sintam-se participantes do meio social assim como todos os ouvintes.
No âmbito escolar obteve-se a conquista de novas intérpretes e apoio pedagógico, que estão desenvolvendo um grande trabalho com alunos surdos da rede Municipal e Estadual, proporcionando através da traduçaõ e interpretação em libras, que o conhecimento chegue até esses alunos também.
Emcontexto sociocultural, realizou-se em parceria com o CAES ( Centro de Atendimento Especializado na Surdez), grandes viagens ao conhecimento, proporcionando aos surdos explorar outros lugares e outras culturas, participando de eventos realizados dentro e fora de nossa cidade.
Tivemos também o reconhecimento e valorização da cultura surda através da ´´3ª tarde recreativa``, realizada no dia 29 de setembro em comemoração ao dia Nacional do Surdo(26/09); que reuniu em nossa cidade surdos da região (Wenceslau Braz, Sengès e Jaguariaíva). O evento foi marcado por apresentações feitas pelos próprios surdos e também por alunos do Curso de Formação de Docentes ( Colégio Estadual Rui Barbosa). O resultado dessa parceiria foi uma festa com grande alegria para todos que compartilharam dela, percebendo que as diferenças são deixadas de lado quando o assunto é ´´um mundo melhor e justo para todos``
Outra grande vitória deu-se através da missa interpretada, que vem acontecendo todos 4º domingo de cada mês, as 19hrs30min nas dependências da Paróquia São João Batista com o objetivo de levar a palavra da Deus ao coração dos Surdos, ´´ acreditamos que Deus não faz distinção de pessoas e ama a todos  de forma incondicional``.
No dia 26 de setembro a comunidade Surda mostrou a todos sua capacidade potencial, realizando uma missa em ação de graças ao ´´ Dia do Surdo``, na qual o grupo de Surdos e ouvintes participantes da comunidade Surda de Arapoti compareceu em grande número para marcar presença.
Estas são algumas das nossas conquistas alcançadas com muita dedicação e trabalho dos membros da A GASA.

´´ Acreditamos que o conhecimento é a arma mais poderosa contra o preconceito, porém, se ele ainda existe, éporque muitos permanecem na superficialidade e se limitam ao seu próprio jeito de ser`` 

´´Não somos o que sabemos; somos o
 que estamos dispostos a aprender``

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

TRÂNSITO: Sociedade não facilita uso do sistema Libras


Eles são brasileiros, mas não falam português. A língua oficial de cerca de 5 milhões de surdos no país é a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Pela dificuldade em transitar de um alfabeto para o outro, a recomendação do Ministério Público é um passo importante para os surdos conseguirem a carteira de motorista, segundo a coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação de Surdos, Gisele Monteiro Rangel.

Ela, que nasceu surda, lembra que quando quis tirar sua habilitação, há cerca de 20 anos, não conhecia nenhum surdo que dirigisse e precisou contratar um intérprete. Obteve a habilitação depois de três reprovações.

A coordenadora observou que, no Brasil, a Libras ainda é muito nova, e que por isso os surdos são obrigados a aprender o português e necessitam de um intérprete.

– Para dar esta entrevista, por exemplo, eu estou aqui acompanhada de uma – fazendo referência a Márcia Felício, que traduziu todas as perguntas e respostas.

Gisele ressalta que, apesar de existir uma lei que considera a Libras a língua oficial dos surdos e que garante a presença de intérpretes em escolas e universidades, essa obrigatoriedade não costuma ser cumprida.

A coordenadora acrescenta que os surdos, além de pagarem as aulas nos centros de condutores, também precisam de desembolsar recursos próprios para contratar um intérprete.
FONTE: http://www.clicrbs.com.br/diariocatarinense

terça-feira, 1 de setembro de 2009

ASSOCIAÇÃO GASA INFORMA:




Você sabia que a audição do bebê pode e deve ser avaliada?

Ela é avaliada através do teste da orelhinha.

O que é o Teste da Orelhinha?
O teste da orelhinha, ou o exame de emissões otoacústicas evocadas, é a avaliação da reação das células auditivas da orelha interna em respostas a sons suaves.

Como é o Teste da Orelhinha?
É um teste simples, rápido e não causa dor no bebê. É realizado enquanto o bebê está dormindo. Não tem qualquer contra-indicação.
Este teste agora também já é feito em nossa cidade.

LOCAL: CENTRO MÉDICO DE ARAPOTI

TEL.: 43 3557 - 2154

FONOAUDIÓLOGA: JEANINE ELGERSMA

domingo, 16 de agosto de 2009

Atividades de sala de aula no ensino comunicativo

Foto do grupo de estudos "Ensino de português para surdos" da Escola Instituto Santa Teresinhas".


Estamos a cada dia nos aprofundando mais nas questões de ensino de português como segunda língua para surdos.

Uma característica inerente ao professor é a criatividade. Precisamos pensar em atividades para serem propostas em sala de aula com base no ensino comunicativo.

O livro de Richards (2006) nos dá muitas sugestões, como:

Atividades com foco na fluência:
- Reflete o uso natural do idioma ;
-Concentra-se na efetivação da comunicação ;
- Exigem o uso significativo da linguagem;
- Exigem a utilização de estratégias de comunicação;
-Buscam interagir o uso da linguagem ao contexto.

Atividade com o foco na precisão:
- Refletem o uso da linguagem que ocorre em sala de aula;
- Concentram-se na formação de exemplos lingüísticos corretos;
- Praticam a linguagem fora do contexto;
- Praticam pequenas amostras da linguagem;
- Não exigem que a comunicação seja significativa;
- A escolha da linguagem é controlada.

Tipos de atividades:

Atividades de realização de tarefas;
Atividades de levantamentos de informações;
Atividades de expressão de opinião;
Atividades de transferências de informação;
Atividade de dedução lógica;
Dramatizações.

Quer saber mais? Leia o livro. He, He, He


FONTE: http://ensinodeportuguesparasurdos.blogspot.com/

Crianças surdas sendo prejudicadas pelas políticas educacionais

Por Hélder Lima Gusso, em 22 de maio de 2009

Segue mensagem do prof. Fernando Capovilla (USP) sobre a dramática situação do ensino de ciranças surdas no país.
Enquanto a inclusão escolar está capenga, as crianças são as prejudicadas. Nem aquilo que funcionava é mantido por nossos governantes…
______________________
Prezados colegas,
As escolas públicas para surdos vêm sendo desativadas em todo o país, com enormes prejuízos para as crianças surdas, em especial aquelas cujas famílias não podem pagar por educação especializada.
Como as escolas comuns estão despreparadas para receber e educar essas crianças, elas tendem a fracassar de modo muito alarmante. Pesquisamos o desempenho de 8000 surdos de 15 estados brasileiros e descobrimos que eles aprendem melhor em escolas de surdos, as mesmas que vêm sendo fechadas. Se isso continuar, o futuro não será nada promissor para elas. Segue artigo sobre isso que acaba de ser publicado na Revista Patio, ano XIII, maio-julho 2009, número 50, pp, 24-25. Intitula-se: Avaliação escolar e políticas públicas de Educação para os alunos não ouvintes. A pesquisa rigorosa mostra que, enquanto as crianças com deficiência auditiva aprendem melhor sob inclusão em escolas comuns, as crianças surdas aprendem muito melhor em escolas para surdos, em que a comunicação e o ensino se dão na língua mais apropriada para elas.
Eu agradeceria muito se você pudesse ajudar a divulgar este fato a seus colegas educadores e a secretarias municipais e estaduais da educação, bem como a vereadores, deputados e senadores, na esperança de que esse fechamento de escolas para surdos e sua descaracterização como meras escolas comuns possam ser revertidos. Precisamos fazer com que nossas políticas públicas de educação passem a respeitar as necessidades especiais e as especificidades dos processos de aprendizagem das nossas crianças.
Agradeço a sua gentil atenção.
Abraços,
Fernando Capovilla


Avaliação escolar e políticas públicas de Educação para os alunos não ouvintes
Fernando C. Capovilla
Instituto de Psicologia, USP, Coordenador Pandesb filiado ao Observatório da Educação Inep-Capes
O aperfeiçoamento de políticas públicas em Educação depende da avaliação de seus efeitos sobre o desenvolvimento acadêmico e o rendimento escolar. Apesar de vir publicando relatórios bienais sobre o rendimento do alunado brasileiro desde 1995 no Saeb e, depois, na Prova Brasil, o Inep tem excluído a avaliação sistemática da Educação Especial, deixando a criança com deficiência à margem do processo e de seus benefícios. A Educação de Surdos não foge à regra: nunca foi avaliada qualquer escola para surdos, nem avaliado qualquer aluno surdo assim identificado em regime de inclusão.

A ausência de caselas identificadoras de presença de deficiência e de seu tipo no Saeb e na Prova Brasil impede a constituição de base de dados sobre rendimento, inviabilizando a avaliação sistemática dos resultados de políticas que têm tido forte impacto sobre as vidas das crianças, como a de desativação de escolas específicas para surdos e a dispersão desses alunos em escolas comuns, quase nunca preparadas para inclusão ou mainstreaming eficaz.

Para ajuizar o efeito dessas políticas, o Programa de Avaliação Nacional do Desenvolvimento Escolar do Surdo Brasileiro (Pandesb) foi inaugurado na USP em 1999 com apoio de CNPq, Capes e Seesp, e encampado pelo Inep via Observatório da Educação em 2006. Na década 1999-2009, o Pandesb gerou bateria de 15 testes para mapear desenvolvimento de competências cognitivas e linguísticas cruciais ao rendimento escolar do surdo, e avaliou sistematicamente, durante 18 horas por aluno, mais de 8.000 surdos de 15 estados, de 1a. série do Ensino Fundamental até o Ensino Superior. O Pandesb produziu os parâmetros basais de desenvolvimento normal para cada série escolar numa série de competências como leitura alfabética (Capovilla & Capovilla, 2006; Capovilla, Capovilla, Mazza, Ameni, & Neves, 2006; Capovilla, Capovilla, Viggiano, Mauricio, Bidá, 2005; Capovilla & Mazza, 2008; Capovilla, Mazza, Ameni, Neves, & Capovilla, 2006; Capovilla & Raphael, 2004a, 2005b), leitura de textos (Capovilla & Raphael, 2005a), escrita alfabética (Capovilla & Ameni, 2008), leitura orofacial (Capovilla, Sousa-Sousa, Ameni, & Neves, 2008), e compreensão de sinais de Libras (Capovilla, Capovilla, Viggiano, & Bidá, 2004; Capovilla & Raphael, 2004b), e analisou sistematicamente a variação desses parâmetros como função das políticas.

Analisando os parâmetros como função da interação entre variáveis do educando, como grau (profunda, severa, moderada, leve) e idade de perda auditiva (pré-lingual, perilingual, pós-lingual) e variáveis do sistema de ensino, como tipo de escola (específica para surdos versus comum) e língua-veículo de ensino-aprendizagem (Libras e Português versus Português apenas), o Panbesb descobriu que a política de inclusão, embora benéfica ao deficiente auditivo, é nociva ao surdo, e que este se desenvolve mais e melhor em escolas específicas para surdos no caldo de cultura de Libras, e sob ensino e acompanhamento de professores proficientes em Libras, como veículo principal de ensino-aprendizagem do Português e de outras disciplinas.

Tal achado decorre da diferença crucial entre alunos surdos (cuja língua materna é Libras) e com eficiência auditiva (cuja língua materna é Português), e é ainda mais relevante quando se sabe que a quase totalidade dos alunos das escolas que vêm sendo desativadas é de alunos surdos, e não deficientes auditivos, pois que estes já vinham sendo incluídos normalmente, dada sua maior facilidade de alfabetizar-se e incluir-se por leitura orofacial e leitura-escrita alfabéticas. A desativação das escolas para surdos é desserviço, já que a criança surda aprende mais e melhor nelas.

Uma década de Pandesb revelou que o melhor modelo de Educação de Surdos consiste na articulação, em contra-turno, entre educação principal ministrada em Libras e Português escrito na escola específica para surdos (em presença de colegas surdos e sob professor fluente em Libras) e educação complementar sob inclusão na escola comum. Mais detalhes em Capovilla (2008).

Referências
Capovilla, F. C. (2008). Principais achados e implicações do maior programa do mundo em avaliação do desenvolvimento de competências linguísticas de surdos. Em: A. L. Sennyey, F. Capovilla, & J. Montiel (Orgs.), Transtornos de aprendizagem. São Paulo, SP: Artes Médicas, pp. 151-164.
________, F., & Ameni, R. (2008). Compreendendo fenômenos de pensamento, leitura e escrita à mão livre no surdo. Em: A. Sennyey, F. Capovilla, & J. Montiel (Orgs.), Transtornos de aprendizagem. São Paulo, SP: Artes Médicas, pp. 195-206.
________, F., & Capovilla, A. (2006). Leitura de estudantes surdos: desenvolvimento e peculiaridades em relação à de ouvintes. Educação Temática Digital, 7(2), 217-227.
________, F., Capovilla, A., Viggiano, K., & Bidá, M. (2004). Avaliando compreensão de sinais da Libras em escolares surdos do ensino fundamental. Interação, 8(2), 159-169.
________, F., Capovilla, A., Viggiano, K., Mauricio, A. C., & Bidá, M. (2005). Processos logográficos, alfabéticos e lexicais na leitura silenciosa por surdos e ouvintes. Estudos de Psicologia, 10(1),15-23.
________ F., & Mazza, C. (2008). Nomeação de sinais da Libras por escolha de palavras: paragrafias quirêmicas, semânticas e ortográficas por surdos do Ensino Fundamental ao Ensino Superior. Em: A. Sennyey, F. Capovilla, & J. Montiel (Orgs.), Transtornos de aprendizagem. São Paulo, SP: Artes Médicas, pp. 179-194.
Apoio: Inep, Capes, CNPq.
Fonte: http://sasico.com.br/psico/?p=523

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Dia 19 de junho – CONHECER FAZ TODA A DIFERENÇA

CONHECER FAZ TODA A DIFERENÇA

A associação GASA e o Centro de Atendimento Especializado na Área Visual (CAEDV) promoveram palestras na área de surdez, com o professor pedagogo Heloir Montanher, da cidade de Curitiba-PR e na área visual, com o escritor e contador de História, Sebastião Narciso, da cidade de Londrina-PR.

A realização do evento teve o apoio da Fati, do Rotary Club de Arapoti e da Secretaria Municipal de Educação.





Dia 01 de junho – MANIFESTO EM DEFESA DA OBRIGATORIEDADE DA LÍNGUA DE SINAIS NAS ESCOLAS





A associação GASA esteve presente no manifesto realizado em Curitiba onde a comunidade surda paranaense mostrou a sua indignação, denunciando o não cumprimento de determinações já previstas em lei.
A lei de Libras 10436/2002 e o Decreto Federal 5626/2005 reconhecem a língua de sinais (Libras), como língua das comunidades surdas brasileiras, infelizmente, o preconceito e a discriminação contra os surdos é cada vez maior, pois não existem intérpretes para surdos nas escolas regulares. O cumprimento da lei não é favor dispensado ao surdo é respeito ao seu direito legal.